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Os suíços deixaram de ser os mais ricos do mundo

Riqueza em evidência - o público de St. Moritz
Riqueza em evidência - o público de St. Moritz Keystone

Em uma disputa acirrada, a Suíça perdeu o trono de país mais rico do mundo para os Estados Unidos, segundo o Relatório da Riqueza Global 2016 (Global Wealth Report 2016), publicado ontem pela seguradora Allianz.

Mas não precisa chorar pelos pobres suíços. Os ativos financeiros líquidos per capita (riqueza pessoal) na Suíça eram da ordem de €175.720 (CHF201.100) no ano passado. Apesar deste índice haver aumentado 2,7% em 2015, isso não foi suficiente para bater o crescimento de última hora dos EUA, que subiu 5,8% para €177.210.

“Além da reestruturação sistemática de seus balanços, os americanos se beneficiaram no ano passado da força do dólar em relação ao euro”, observou o relatório. A média de ambos os países é quase o dobro do terceiro colocado no ranking, o Japão, com € 96.890.

No entanto, quando se trata de ativos financeiros brutos per capita, a Suíça permanece no topo com € 268.840, confortavelmente à frente dos EUA em € 221.690.

“O bom desempenho do ano passado deveu-se muito ao pregão de final de ano nos mercados de ações, em particular nos países industrializados. Quase 70% do crescimento do patrimônio no ano passado foi atribuído a mudanças no valor das carteiras, e apenas 30% deveu-se à poupança comum; no ano anterior, havia sido o contrário “, anunciou a Allianz em comunicado na quarta-feira.

A ameaça das dívidas

O passivo familiar global (dívidas) aumentou 5,5% em 2016, a maior taxa de crescimento desde 2007.

Os níveis de dívida mostram diferenças significativas entre países individuais, segundo os autores. A dívida per capita, por exemplo, varia de uma média de € 10,220 na Grécia para € 93,120 na Suíça.

“O fosso entre esses dois países aumentou em cerca de € 65.000 para quase € 83.000 desde o início da crise [financeira global]”, relatam os autores do estudo.

“Enquanto as famílias gregas corrigiram suas ‘dívidas excessivas’ nos anos anteriores à crise e reduziram seus passivos em uma média de 0,8% ao ano, o volume de dívida dos agregados familiares suíços continuou a crescer em média 3,4% ao ano.”

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