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SWISS abandona chocolateiro acusado de homofobia

A flight attendant attends to Swiss Business Class passengers
A Swiss International Air Lines disse que uma marca adequada era importante na escolha de parcerias comerciais Keystone

Durante dez anos, caixinhas de bombons Läderach eram dadas a alguns passageiros que voavam pela companhia aérea SWISS. A partir de meados de abril, este já não será mais o caso, após várias manchetes negativas sobre a oposição do CEO da Läderach ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao aborto.

A companhia aérea parou de comprar os chocolates finos em novembro, de acordo com uma reportagem da revista suíça BeobachterLink externo na quarta-feira (29). 

O chefe de marketing da Läderach, Patrick Th. Onken, disse que o divórcio com a SWISS resultou da preocupação da empresa aérea com a cobertura negativa. 

A Beobachter disse que manchetes como “Rei do chocolate luta contra o aborto e os homossexuais” no jornal Tages-Anzeiger, de Zurique, em setembro passado foi “claramente a gota d’água para a companhia aérea, que tem muitos tripulantes gays”. 

A porta-voz da SWISS, Meike Fuhlrott, não entrou em detalhes, mas disse que os fatores decisivos ao escolher um fornecedor eram “a qualidade, vários fatores econômicos e a marca adequada”. 

Conversa direta 

Johannes Läderach, evangélico e CEO da empresa, recentemente negou ser homofóbico ou misógino, mas repetiu sua oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao direito da mulher de fazer um aborto. 

“Os negócios continuaram a crescer em 2019, mas temos clientes que já não compram mais com a gente. No entanto, novos clientes entraram na loja”, disse ao jornal NZZ am SonntagLink externo, também de Zurique.  

De acordo com a Beobachter, Läderach não disse quantas empresas haviam cortado as relações, mas o chocolateiro ressaltou que “em quase todos os casos uma conversa direta poderia esclarecer a situação”.

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Johannes Läderach

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Mestre chocolateiro nega ser homofóbico e misógino

Este conteúdo foi publicado em “Entendo que se as pessoas valorizem o direito de uma mulher de escolher mais do que o direito à vida de um feto. Mas peço compreensão pela minha opinião”, disse Läderach, 33 anos, ao jornal NZZ am SonntagLink externo no domingo. “Tenho direito a uma opinião diferente.” Até agora, este apelo não deu certo. Os…

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swissinfo.ch/fh

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