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Secretário-geral da OEA aborda desnutrição e corrupção na Guatemala

Geral da Organização de Estados Americanos (OEA) durante fórum sobre ondas irregulares de migração nas Américas em 12 de setembro, em San José, Costa Rica afp_tickers

O secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, criticou nesta sexta-feira a desnutrição infantil e abordou a corrupção que provocou crises políticas na Guatemala, no âmbito de uma visita ao país.

Almagro qualificou como “inconcebível” que em pleno século XXI “tenhamos que conviver com a desnutrição infantil” na região, em especial neste país onde 50% das crianças menores de cinco anos padecem desnutrição crônica.

Segundo as Nações Unidas, esses dados dramáticos colocam a Guatemala como o país com o índice mais alto de desnutrição infantil crônica da América Latina e sexto em nível mundial.

Almagro realiza nesta sexta-feira uma visita “de cortesia e em reciprocidade” à visita feita pela chanceler Sandra Jovel no último 17 de outubro a Washington, sede da OEA.

O diplomata sul-americano fez as declarações ao participar na apresentação do relatório sobre as prioridades presidenciais em termos de transparência e promoção, no Palácio da Cultura da capital guatemalteca, após uma reunião privada com o presidente, Jimmy Morales.

Almagro também abordou o tema da corrupção e assegurou que a “Guatemala foi alvo de quatro avaliações e foram emitidos os relatórios sobre o que se requer para combater” esse flagelo.

Entre as recomendações, mencionou as leis para prevenir o conflito de interesses e declarações patrimoniais de funcionários públicos.

“Para uma gestão pública efetiva, se requer instituições públicas mais transparentes, efetivas, e que contem com mecanismos de participação cidadã para canalizar e dar respostas à demanda de uma sociedade”, disse.

A Guatemala vive uma crise política desde 2015, quando o então presidente Otto Pérez foi acusado de liderar uma rede de defraudação alfandegária, provocando protestos que o obrigaram a renunciar em setembro, quatro meses antes de concluir seu mandato. Ele foi preso após abandonar o cargo.

Morales também não escapou às denúncias de corrupção, e foi acusado em agosto passado de financiamento eleitoral ilícito em sua campanha de 2015, quando ganhou a presidência.

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