Perspectivas suíças em 10 idiomas

México tem nono jornalista assassinado em 2018

Protesto pelo assassinato do jornalista mexicano Javier Enrique Rodríguez Valladares, em 31 de agosto de 2018 em Cancun. afp_tickers

O jornalista Mario Gómez, repórter do jornal El Heraldo de Chiapas, no sul do México, foi assassinado nesta sexta-feira, tornando-se o nono profissional da área morto no país desde o início do ano.

“Tínhamos conhecimento de que havia feito uma denúncia por ameaça recente”, disse à AFP uma fonte da redação do jornal onde trabalhava como correspondente no município de Yajalón, no interior do estado.

O assassinato de Gómez, 35 anos, ocorreu por volta das 17H00 local (19H00 Brasília), quando dois desconhecidos atiraram em frente à sua casa, em Yajalón, informou o site do Heraldo de Chiapas.

O jornalista foi levado ao hospital, onde morreu.

“Trabalhava há oito anos como correspondente do El Heraldo de Chiapas, onde cobria informação geral, política, justiça e fatos sociais”, revelou um membro da redação.

A Procuradoria de Chiapas confirmou o crime e declarou que assumirá as investigações.

O México é o segundo país do planeta mais perigoso para jornalistas, atrás apenas da Síria, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

O assassinato de Gómez “é um fato que nos entristece, especialmente agora que estamos pressionados pela falta de recursos suficientes para a proteção dos jornalistas em risco”, disse à AFP Balbina Flores, representante no México da RSF.

“Exigimos que investiguem e deem garantias a seus familiares”, declarou Flores.

Ao menos 100 comunicadores foram assassinados desde 2000 no México, e a maioria dos crimes não foi desvendado.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR