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Entidade que nomeia juízes peruanos é reestruturada após escândalo de áudios

O escândalo dos áudios provocou a destituição do ministro da Justiça peruana, Salvador Heresi (foto), e a suspensão de cinco juízes e três funcionários afp_tickers

A instituição que designa os juízes no Peru anunciou nesta segunda-feira (16) uma reorganização interna e a suspensão indefinida de um magistrado da Suprema Corte, após o escândalo dos áudios sobre a venda de sentenças.

O Conselho Nacional da Magistratura (CNM), que também nomeia os promotores, anunciou que aceitou a renúncia de seu presidente, Guido Águila, envolvido no escândalo.

Os membros do Conselho acordaram “reorganizar completamente o CNM com ênfase na reestruturação das comissões de nomeação, ratificação e procedimentos disciplinares a magistrados”, declarou a instituição em comunicado.

O CNM também suspendeu de suas funções o diretor Iván Noguera, envolvido no escândalo que explodiu há uma semana e que levou o governo a promover uma reforma judicial.

O país é sacudido há uma semana pelo escândalo dos áudios de ligações de juízes e diretores do CNM, que revelou redes de tráfico de influências e venda de sentenças, agora investigados pela Procuradoria.

Este escândalo já deixou suas primeiras vítimas na sexta-feira, com a destituição do ministro da Justiça e a suspensão de seus cargos de cinco juízes e três funcionários judiciais.

O Conselho também dispôs “uma medida cautelar de suspensão indefinida no exercício de suas funções, sem pagamento, do juiz supremo César Hinostroza Pariachi no âmbito do processo disciplinar que tem aberto no CNM”.

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