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A ONU pode se tornar supérflua?

Andreas Gefe

Quando as Nações Unidas completa seu 75º aniversário e a Liga das Nações, o 100º aniversário, surge a questão: a ordem mundial será capaz de responder às tremendas mudanças que ocorrem nos países e nas sociedades do mundo? Apresentamos possíveis respostas aos cinco principais desafios que ocupam a "Genebra Internacional". 

Genebra, sede europeia das Nações Unidas, é um dos dois centros mais importantes da diplomacia multilateral. Na cidade de Calvino, às margens do lago Léman, os desafios que envolvem todo o planeta são esclarecidos e negociados antes que os países discutam na sede em Nova York as opções para enfrentá-los.

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Os fantasmas do Palácio das Nações

Este conteúdo foi publicado em Intitulada “Marca Diplomática”, a série fotográfica não mostra pessoas. Uma escolha que abre a porta para uma viagem no tempo, e à imaginação também, como descreve François VermotLink externo: “Em muitos cantos do Palácio, os visitantes são transportados de volta no tempo, em algum lugar da década de 1930 ou 1970, períodos de construção e…

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Essa forma organizar as relações entre países é mais valiosa do que nunca. Por isso Genebra escolheu o hashtag #Multilateralismo100 como forma de comemorar a data. É um apelo explícito em um momento onde “policial do século 20”, os Estados Unidos, aposta mais no unilateralismo. Assim exerce o poder sem levar em conta à soberania de outras nações e o direito internacional, que supostamente deveria reger suas relações externas.

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Postura de Trump lança uma sombra sobre os laços EUA-Genebra

Este conteúdo foi publicado em Declarações recentes de Trump e de seu novo embaixador na ONU, Nikki Haley, sugerem que a ONU e o sistema multilateral em geral caminham para uma relação conflituosa com os EUA. Trump é um presidente que se autodeclara da linha “América em primeiro lugar”, que parece desconfiar da cooperação internacional e desdenha a globalização. Mensagem…

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O desafio da paz. Essa é a razão de ser da Liga das Nações e das ONU, duas organizações nascidas logo após duas guerras mundiais, que assolaram a Europa e a Ásia. Sempre as potências vencedoras desses conflitos de consequências internacionais tentaram estabelecer um quadro legal baseado no direito dos povos à autodeterminação. O objetivo era assegurar que a paz não se baseasse apenas em um equilíbrio de poderes entre as grandes potências, mas sim nos interesses de todos os Estados-Membros e suas populações.

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Versammlung des Völkerbunds

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A Suíça, a Liga das Nações e a Hipoteca Bolchevique

Este conteúdo foi publicado em “A Suíça luta contra a revolução, realizando todas as reformas sociais que considera possíveis; para este fim, nosso povo está concentrando todas as suas forças econômicas e morais”. Em 2 de julho de 1919, o ministro Félix Calonder recebeu representantes da imprensa suíça para promover a favor da candidatura da SuíçaLink externo à adesão à…

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Um objetivo longe de ser alcançado, afirma o Secretário-Geral das Nações Unidas. “Hoje, um vento de loucura varre o globo. Da Líbia ao Iêmen, à Síria e mais além – a escalada está de volta. As armas circulam e as ofensivas se multiplicam (…) Entretanto, as resoluções do Conselho de Segurança são ignoradas antes da tinta da canetaa secar”, alertou Antônio Guterres em 4 de fevereiro de 2020. 

Então, quando se trata de segurança coletiva, será que a ONU se tornará obsoleta como a Liga das Nações no final da década de 1930?

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dessin d Otto Dix

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A longa luta da humanidade entre a guerra e a paz

Este conteúdo foi publicado em A guerra é o futuro do homem? Esta questão filosófica está no centro de uma exposição sobre guerra e paz na Fundação Bodmer em Genebra.

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Se o órgão executivo da ONU – o Conselho de Segurança – está paralisado, outros organismos internacionais ajudam a levar a paz às sociedades, com a ONU apoiada em três pilares: paz e segurança, desenvolvimento e direitos humanos.  Essas são áreas interdependentes, como Kofi Annan salientou em 2005, quando chefiava as Nações Unidas: “Não pode haver segurança sem desenvolvimento e não pode haver desenvolvimento sem segurança”. E ambos dependem do respeito pelos direitos humanos e pelo Estado de direito”. 

Mas durante pelo menos há uma década, as liberdades civis estão sendo atacadas até mesmo em democracias liberais, seja nos Estados Unidos ou mesmo na Europa. 

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Democracias ocidentais estão em crise

Este conteúdo foi publicado em Nos últimos anos, muitos comentaristas sublinharam a estagnação do número de países que adotam um regime democrático e o aumento de regimes autoritários. Isso, depois da do fim das ditaduras latino-americanas nos anos 1980, dos processos democráticos iniciados pela implosão da União Soviética e da queda do muro de Berlim, em 1989, seja na Europa…

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Desafio democrático. Ao mesmo tempo, regimes autoritários como a China se aproveitam das fraquezas ocidentais para destacar um modelo de sucesso econômico que exclui o pleno respeito aos direitos civis e políticos. No coração dos regimes democráticos contemporâneos, os direitos humanos são desafiados dentro dos próprios organismos internacionais que supostamente os defendem. Em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos é o teatro dessa batalha com consequências globais.

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The US X-47B unmanned autonomous aircraft being tested in 2015

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ONU em Genebra não sabe o que fazer com os robôs assassinos

Este conteúdo foi publicado em Mary WarehamLink externo, da Human Rights Watch, está furiosa depois de uma semana de negociações na ONU, em Genebra, sobre o que fazer com os robôs assassinos. “Estamos muito chocados”, diz a coordenadora da campanha para acabar com os robôs assassinosLink externo. “Onde está a diplomacia, responsabilidade e liderança dos grandes Estados?”, disse para swissinfo.ch.…

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Se confirmado, o declínio das democracias poderia influenciar a forma como o mundo responde aos dois maiores desafios do século 21: a crise do clima e ambiental e a transição digital da economia e da sociedade.  

O desafio ambiental. Sobre as mudanças climáticas, Antônio Guterres reitera que só pode haver soluções coletivas que envolva todos os países membros da ONU. Essa ameaça existencial para toda a humanidade pode levar a comunidade internacional a juntar seus esforços como fez após as duas guerras mundiais do século 20?

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manifestazione per clima

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COP25: uma conferência decisiva para o futuro do planeta

Este conteúdo foi publicado em Não há muitas expectativas de resultados claros e concretos da 25ª Conferência Internacional sobre Mudança Climática (COP25Link externo, de 2 a 13 de dezembro de 2019). Inicialmente planejada para ocorrer no Brasil, ela foi transferida ao Chile. A onda de protestos no país andino, no entanto, impôs mudanças. As alternativas possíveis eram Costa Rica, Alemanha…

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Ao mesmo tempo, o mundo se empenha na revolução industrial muito mais profunda e ampla do que as anteriores que tiveram lugar nos séculos 19 e 20. A transição digital transforma radicalmente o mundo econômico e financeiro, assim como o funcionamento das sociedades e os direitos democráticos que supostamente as governam. Os direitos individuais e coletivos contidos na Carta das Nações Unidas estão sob ameaça.

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A Delft ceramic panel by the Dutch illustrator Albert Hahn Jr

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Organização Internacional do Trabalho (OIT) comemora 100 anos de existência

Este conteúdo foi publicado em Ao ser criada em 1919, a OIT já tinha a mesma estrutura tripartiteLink externo na qual está estruturada hoje. Governos, trabalhadores e empregadores discutindo para alcançar os mesmos objetivos: criar um quadro de proteção dos direitos dos trabalhadores, protegendo-os contra a exploração e escravidão, e assegurando a liberdade de formar sindicatos. Cem anos depoisLink externo, com…

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O desafio sanitário

É o acontecimento imprevisto, dos assuntos mundiais. A pandemia global do coronavírus SRA-CoV-2 está a abalar a organização global do planeta como em nenhuma outra ocasião. Com a Organização Mundial da Saúde (OMS) na linha da frente, a ONU pode demonstrar a importância do seu papel como plataforma de cooperação e coordenação das políticas nacionais.

Não foi uma surpresa a pandemia ter pego os países de surpresa. Na sequência de epidemias como a SIDA, na década de 1980, ou o SARS, em 2002, os países-membros da OMS fizeram uma revisão dos regulamentos sanitários internacionais em 2005 para conter o aparecimento de outros vírus de origem animal.

É provável o novo coronavírus tenha surgido por deficiências na aplicação das recomendações adotadas na altura. Resta saber se o choque do Covid-19 e as suas consequências multifacetadas irão legitimar a ONU ou tirar sua importância como ocorreu com a Liga das Nações um século atrás. 

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enfermeira

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Como o Covid-19 desafia os sistemas de saúde nacionais

Este conteúdo foi publicado em A cada nova pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) é sempre alvo de polêmica, acusada de fazer muito, ou muito pouco. Ela se encontra presa entre as demandas de seus Estados-membros, especialmente dos maiores doadores, e seu papel como coordenadora das políticas globais de saúde. Mas, passo a passo, a OMS está melhorando as…

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O desafio digital. As Nações Unidas tentam recuperar o controle dessa questão, especialmente em Genebra, estabelecendo normas legais capazes de orientar esta transição para que beneficie a todos, respeitando seus direitos fundamentais.

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Brad Smith

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As gigantes da internet querem roubar nosso know-how?

Este conteúdo foi publicado em Com a Reunião de Cúpula da Sociedade de InformaçãoLink externo no início dos anos 2000, Genebra foi o centro das primeiras tentativas dos países para regulamentar a Internet e o ciberespaço. Lá desenvolvem-se atualmente várias iniciativas que são dominadas pelos pesos pesados da economia digital como a Microsoft. A plataforma social Facebook também escolheu Genebra como…

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